Pular para o conteúdo principal

Dropes do dia 17 07 08

Tendo em vista que o arranjo do projeto da usina de Santo Antônio, no rio Madeira, sofreu alterações depois de concedida a Licença Prévia, e que o consórcio vencedor da usina de Jirau está propondo uma nova localização para o empreendimento, vale perguntar:

  1. As obras civis das usinas de Santo Antônio e Jirau foram superestimadas?
  2. O empreendimento que seria construído, no caso de Santo Antônio, custaria menos com o arranjo alterado depois da Licença Prévia?
  3. A alteração do arranjo do projeto de Santo Antônio poderia, se concebido antes da Licença Prévia, fazer com que o custo do MWh leiloado fosse menor para o contribuinte?
  4. A sociedade deve questionar a tentativa de mudança da localização da usina de Jirau, pela Suez (líder do consórcio vencedor do segundo leilão) e, também, questionar um possível superdimensionamento das obras da usina de Santo Antônio?
  5. A Odebrecht, vencedora com Furnas do leilão de Santo Antônio, estaria mais interessada num arranjo de projeto que custasse mais, já que é uma empreiteira e seus lucros vêm das obras civis?
  6. É possível que Furnas e Odebrecht, envolvidas desde 2001 com os projetos das usinas Santo Antônio e Jirau, tenham descartado opções de arranjos de projetos e de localização que teriam menor custo?
  7. Havia algum acordo tácito para que a Odebrecht construisse os dois empreendimentos? (Acordo que pode ter sido frustrado pelo resultado do leilão da usina de Jirau).

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

Ferrogrão: o que tem por trás dos estudos atualizados pelo Ministério dos Transportes e Infra S/A?

Ferrogrão: o que tem por trás dos estudos atualizados pelo Ministério dos Transportes e Infra S/A?   Telma Monteiro, para o Correio da Cidadania   O que seria um projeto tecnicamente adequado, economicamente viável e ambientalmente equilibrado para o MT e a Infra S.A.? Certamente essa “metodologia” não está tratando disso na atualização dos estudos da Ferrogrão em que minimizam as chamadas subjetividades e maximizam os fatores só importantes para o projeto econômico.   Introdução para atualizar nossa memória sobre o projeto Ferrogrão O projeto da Ferrogrão envolve a construção de uma ferrovia com aproximadamente 933 km para ligar Sinop (MT) ao porto de Miritituba (PA), para escoar, segundo a Confederação Nacional de Agricultura (CNA), até 52 milhões de toneladas de commodities agrícolas por ano. O traçado previsto no projeto é paralelo à BR-163 em que parte está dentro do Parque Nacional do Jamanxim, que é UC Federal. Além disso, o Tribunal de Contas da União (T...

O “desenvolvimento sustentável” no acordo de energia nuclear entre Brasil e China

O “desenvolvimento sustentável” no acordo de energia nuclear entre Brasil e China Imagem: Portal Lubes Telma Monteiro, para o Correio da Cidadania   O presidente Lula e Xi Jinping assinaram um acordo (20/11) no qual um dos itens propõe a construção de novas usinas nucleares com tecnologia considerada, no documento, avançada e segura, além de ser um marco importante na cooperação entre Brasil e China. O acordo promete fortalecer a capacidade produtiva e a segurança energética dos dois países, promovendo o desenvolvimento de tecnologias nucleares de ponta. Não esqueçamos que Angra 3 já está caindo de velha, antes mesmo de ser terminada. A construção da usina, localizada no estado do Rio de Janeiro, entrou na sua fase final com a montagem dos componentes principais e instalação do reator nuclear. Angra 3 está em obras desde 30 de maio de 2010 e enfrentou vários atrasos ao longo dos anos. As interrupções aconteceram em 2015 devido a uma revisão do financiamento e investigações ...

A “colonização dourada” idealizada pela China

A “colonização dourada” idealizada pela China   Telma Monteiro, para o Correio da Cidadania   Houve ainda quem mencionasse que esses acordos ajudariam o Brasil a diversificar suas atuais fontes de tecnologias com origem em outros países e reduziriam sua dependência. Me parece mais uma troca de “dependências”, só que no caso da China seria muito mais abrangente e sem retorno. A China não transfere tecnologia em troca de nada. Geralmente Xi Jinping condiciona a investimentos disfarçados em parcerias comerciais. Empresas brasileiras teriam que participar de joint ventures , assimilar e depender da transferência de tecnologia como parte do acordo.   Mais de 100 países já aderiram à Nova Rota da Seda ou Iniciativa do Cinturão e Rota (BRI) [1] . Dos 100 países, 22 são da América Latina. Durante a visita de Lula à China, em abril de 2023, já haviam sido assinados vários acordos para reforçar a cooperação econômica entre os dois países. A China tem pressionado o Brasi...