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Energia solar e eólica


Documentário, curta-metragem, realizado pelo coletivo de comunicação do Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB), que mostra a experiência do Movimento em implementar o sistema ASBC (Aquecedor Solar de Baixo Custo) como uma alternativa tecnológica popular para o  aquecimento de água, além de questionar o atual modelo energético, de caráter capitalista, adotado pelo Estado brasileiro, principalmente após o processo de privatizações.

Primeira usina de energia solar no Brasil

Antes tarde do que nunca!

Foi inaugurada na última quinta-feira, no Ceará, a primeira usina de energia solar da América Latina.


Localizada no município de Tauá, no Sertão dos Inhamuns, a MPX Tauá começou a operar com capacidade inicial de 1 MW, o suficiente para suprir de energia 1,5 mil residências.
painéis fotovoltaicos da mpx tauá | fonte: grupo ebx

E como forma de incentivo para que indústrias desse tipo se instalem no Ceará, foi criado o FIES (Fundo de Incentivo à Energia Solar) e que teve no Grupo EBX seu primeiro parceiro.
Através do FIES, o Governo do Estado do Ceará abriu um crédito orçamentário para comprar energia solar destinada aos órgãos e entidades da administração pública.



A MPX Tauá ocupa uma área de 12.000 m² e conta com 4.680 painéis fotovoltaicos, que absorvem a luz do sol para transformação em energia elétrica.
O projeto concebido pela MPX para a usina solar chega a 50 MW e quando essa potência for atingida, 234 mil painéis serão necessários.



Outra importante iniciativa foi a parceria firmada com a UECE (Universidade Estadual do Ceará) para o monitoramento e análise  dos dados obtidos na operação, o que orientará a expansão do empreendimento.
Dados emitidos  pela estação meteorológica da usina serão transferidos, em tempo real, para os computadores da universidade, e com essas atividades, estudantes da UECE serão capacitados na área de energia solar.



Pois é, as grandes mudanças têm mesmo que partir do governo, pois são iniciativas como essas que abrem caminho para o desenvolvimento de pesquisas e a formação de novos profissionais.

Claro que cada um pode fazer a sua parte, mas para que novos sistemas de energias renováveis sejam implantados e aproveitados de forma racional, as concessionárias precisam atuar em parceria com os usuários, não tem como funcionar de outra forma!
Confira o que já foi postado no blog sobre energia solar.


Fonte: Governo do Estado do Ceará

Comentários

  1. Eu sou Eng. Civil e enquanto eu só conhecia no Brasil energia solar para esquentar água até o ano de 2007.Em 2007 eu usei energia solar em uma região minada em Angola na fronteira com Zambia e Namibia, justamente onde morava Jonas Savimbi. Comprei um kits na áfrica do Sul por aprox. 50 dolares, que acompanhava uma pequena luminaria, uma pequena bateria e um painel solar de 20cm x 40cm.Com esse pequeno kits eu deixava minha base no meio do mato iluminado a noite para afugentar os leões, elefantes e outros animais para não destruir os trabalhos que tinhamos feito anteriormente. Achei o sistema interessante e curiosamente todos os tropas do exército de Angola que não conheciam um saco de cimento, conheciam aquele sistema de energia e até usavam algumas placas no mato para fornecer energia para algumas geladeiras pequenas. Tentei usar esse sistema no Brasil, mas quando eu recebi a proposta comercial eu me dei conta que era muito e muito mais barato usar energia elétrica proveniente de Usinas Hidrelétricas.Sendo assim, o problema não é termos simplesmente uma solução ambiental e uma excelente solução técnica, pois também temos que pensar que o custo da solução técnica tem que caber no bolso do consumidor.

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  2. essa hidrelétrica vai encher os bolsos deles com muita grana grossa. será que eles não enxergaram o potencial de biomassa do local? lógico que enxergaram mas isso ñ vai dar lucro para eles

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  3. Considerando que a energia solar está disponível de forma absolutamente gratuita, perguntamo-nos por que o seu aproveitamento ainda é tão limitado no universo das energias renováveis? O problema é que a energia solar apresenta-se sob a forma disseminada e a sua captação, pelo menos para potências elevadas, requer instalações complexas e dispendiosas.

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