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Rio Jari: hidrelétrica para produzir celulose no coração da Amazônia

Rio Jari: energia para celulose Por Telma Monteiro Jari é uma variação da palavra indígena airi. Significa "rio da castanha". O rio Jarí é afluente na margem esquerda do rio Amazonas e limita os estados do Pará e Amapá. O município de Laranjal do Jari (Amapá) tem aproximadamente 37 mil habitantes às margens do rio e que vivem em palafitas de até dois andares. Laranjal do Jari já foi a campeã em prostituição infantil. A hidrelétrica no rio Jari acabaria com a exuberante Cachoeira de Santo Antônio e só beneficiaria a empresa Jari Celulose e sua indústria poluente de papel. Continua Famílias extrativistas da Reserva do Cajari insistem que é possível um desenvolvimento sustentado utilizando a floresta de maneira equilibrada e sem necessidade de se construir uma hidrelétrica no rio Jari. A Jari Celulose ocupa 1.734.606 hectares distribuídos em terras nos Estados do Pará (55%) e do Amapá (45%), cortadas pelo rio Jari, que faz a divisa entre os dois estados. Na região do Jari v...

Ibama: licença de Santo Antonio não deve sair hoje

Agencia Estado Diferentemente do que o ministro do Meio Ambiente, Carlos Minc, anunciou no início deste semana, o Ibama não deverá liberar hoje a licença de instalação da usina hidrelétrica de Santo Antonio, no Rio Madeira, em Rondônia. Segundo o presidente do Ibama, Roberto Messias, a expectativa é de que a autorização para o início das obras da usina saia em até uma semana. "São apenas poucos dias. Para uma obra desse tamanho isso não compromete o cronograma", disse Messias. Segundo ele, o Ibama ainda não pode liberar a licença porque está aguardando a entrega de alguns documentos do consórcio que vai construir a usina, liderado pela estatal Furnas e pela construtora Odebrecht. O documento mais importante que está faltando, s...

Matriz energética. O Brasil na contramão da história.

Entrevista concedida à equipe do site do Instituto Humanitas Unisinos (IHU) , publicada hoje. Página inicial IHU Para a pesquisadora autônoma na área de energia Telma Monteiro , os projetos de construção de hidrelétricas no Rio Madeira e em Belo Monte somam uma série de problemas não considerados pelo governo federal brasileiro. Em relação à matriz energética do país, ela diz que o Brasil está sendo ultrapassado, pois não vem aproveitando seus recursos para ser menos atingido pelas conseqüências do aquecimento global. “Nós estamos indo completamente na contramão da história. Ficamos em 42° no ranking de países que sofrerão os impactos das mudanças climáticas, entre 168 países. Não estamos prevenindo nada. Continuamos a desmatar a floresta Amazônica e a destruir nossos ecossistemas importantes e cruciais com usinas do porte dessas do Rio Madeira e Belo Monte ”, afirmou ela na entrevista que segue, concedida à IHU On-Line por telefone. Desde 2002, Telma Monteiro analisa os documentos...

O verdadeiro imbroglio do Madeira

O jornal O Estado de S. Paulo, na edição de hoje (28 de Julho) faz um resumo sobre a disputa entre os vencedores dos leilões das Hidrelétricas Santo Antônio e Jirau, no rio Madeira, em Rondônia, chamando-a de "imbroglio". Até aí, tudo bem. Na verdade o impasse recrudesce as dúvidas da sociedade quanto aos verdadeiros custos sociais e ambientais dos empreendimentos. O grupo que levou, no leilão da Aneel, a usina de Santo Antônio, capitaneado por Furnas e Odebrecht, afirma que a mudança da localização pretendida pelos vencedores da usina de Jirau, liderado pela Suez, vai trazer maior impacto ambiental e alagar uma área maior. Já passou da hora da manifestação dos técnicos do Ibama sobre os estudos ambientais decorrentes da mudança de Jirau e da explicação da Aneel sobre os custos de Santo Antônio apresentado por Furnas e Odebrecht. Afinal a Aneel homologou o resultado do leilão de concessão que contraria os dispositivos da Licença Prévia e o Ibama concedeu uma Licença Prévia q...

Sem escolha

Ótima matéria de Andreia Fanzeres, O Eco, sobre os estudos de inventário de PCHs nas bacias dos rios Juruena e Aripuanã e a tensão das lideranças indígenas que não querem a presença do Exército e da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) em suas terras. Andreia Fanzeres 23.07.2008 Entre os dias 8 e 12 de julho, índios das etnias rikbaktsa, cinta-larga, arara, apiaká, kayabi, munduruku e enawene nawe foram à cidade de Juína (MT) para participar de reuniões promovidas pela Funai e pela Empresa de Pesquisa Energética (EPE). Na pauta, novos pedidos de autorização para que técnicos do setor elétrico terminem seus levantamentos dentro das terras indígenas, e mensagens deixadas no ar a respeito da possibilidade do Exército interceder, caso necessário. O objetivo é concluir o inventário das bacias dos rios Juruena e Aripuanã, primeiro passo para a realização de estudos de viabilidade econômica de novos empreendimentos hidrelétricos. Mapas preliminares in...

Hidrelétrica danificada no Equador foi construída pela dupla Furnas/ Odebrecht com dinheiro do BNDES

A central hidrelétrica San Francisco, primeira usina no mundo totalmente subterrânea, está localizada no sopé do vulcão Tungurahua, 220 km ao sul de Quito, Equador, e gera 230 MW. Ela custou US$ 338 milhões – dos quais 75% financiados pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Leia a matéria toda A responsável pelas obras civis é a construtora Norberto Odebrecht, que tem participação de 20% na hidrelétrica. A fiscalização do projeto ficou nas mãos do consórcio formado por FURNAS e a empresa equatoriana Integral. Quando a central hidrelétrica foi inaugurada, o consórcio FURNAS/Integral recebeu elogios da Controladoria Geral da República do Equador: “ pela primeira vez no país, uma obra foi devidamente fiscalizada (grifo meu)”; “Do ponto de vista de qualidade, o padrão de San Francisco é equivalente ao das boas obras brasileiras”. Já no ano passado (2007), alguns dias depois da inauguração, as fortes chuvas comprometeram o fornecimento da energia gerada nas us...

Lula: promessa a Evo Morales

Luis Fernando Novoa comenta as promessas de Lula a Evo Morales sobre o financiamento para a estrada La Paz - Guajará Mirim pelo BNDES e a construção de uma hidrelétrica binacional: "Parece que o financiamento do BNDES para a estrada La Paz-Guajará Mirim, incluindo a ponte binacional (230 milhões de dólares) faz parte de uma negociação maior que inclui o Complexo do Madeira. Na verdade, como dizem os próprios porta vozes, é o corredor bioceânico em implementação, ou seja o mesmo previsto no Eixo Peru Brasil Bolívia. No agrupamento 2 desse eixo da Iniciativa para Infra-Estrutura Sulamericana (IIRSA), esse trecho é o projeto âncora, e a estimativa (de 2004 ) é quase o investimento anunciado (250 milhões de dólares). O BNDES confirma sua vocação de ser o verdadeiro Banco da IIRSA. Quando se antecipam os investimentos para a infra-estrutura a serviço do grande capital (sojeiros, pecuaristas, mineradores) não se garante a expansão e qualificação dos serviços públicos essenciais, não s...

Pérolas da "Energia"

"Alguns programas ambientais têm que ser tocados cientificamente da mesma forma, eu não posso ter o mosquito Jirau da malária e o mosquito Santo Antônio de malária, porque só quem vai ganhar é o mosquito", explicou Paranhos à Reuters. "A mesma coisa acontece com os bagres, a gente tem que ter um mecanismo de transposição de peixes semelhante, senão o peixe sobe lá mas não sobe aqui, ou sobe aqui e não sobe lá", complementou. Frases do presidente da Energia Sustentável do Brasil, Victor Paranhos, sobre a pretensa mudança da usina de Jirau e impasse com a Odebrecht.

Usinas no rio Tapajós

Os estudos iniciais para as usinas hidrelétricas no rio Tapajós indicam a utilização de turbinas bulbo, como as previstas nas hidrelétricas do rio Madeira. Continua Como a ex-Ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, alardeou com desconhecimento técnico, diga-se de passagem, que usinas a fio d'água reduziriam os impactos ambientais, parece que resolveram adotar a moda. Precisam explicar para Marina Silva que só muda mesmo é a posição das turbinas, a bulbo fica na horizontal praticamente no leito do rio e é usada para usinas em rios de planície e a Kaplan fica na vertical com a tomada da água mais alta e é usada para usinas em rios de vales. O resultado é o mesmo quanto aos impactos provocados pelos reservatórios: o de superfície (baixa queda com turbina bulbo) mantém perenes as áreas alagadas sazonalmente e aproveita a velocidade do rio; o de alta queda com turbina Kaplan necessita de concentração maior de volume de água. Claro que essa explicação é simplista, no entanto como a ex...

Rio Tapajós: o governo vai tirar do papel a usina de São Luiz

O governo tenta incluir o projeto hidrelétrico de São Luiz, no Rio Tapajós, já no próximo Plano Decenal de Energia Elétrica (PDEE), que será enviado pela EPE ao Ministério de Minas e Energia ainda este mês. Com capacidade de 10 mil MW, o projeto pode tornar-se a próxima grande usina do País após Belo Monte, no Xingu, que deve ser licitada ainda em 2009. "Estamos na fase de estudo de inventário, nos aproximando da viabilidade econômica", disse o secretário do ministério, Altino Ventura Filho, para quem a nova hidrelétrica poderia entrar em operação no fim da próxima década. (O Estado de são Paulo- 18.07.2008) Leia também: Plano prevê, agora, 2 hidrelétricas no rio Tapajós

Investimento em pequenas hidrelétricas atinge R$ 15 bi

Valor Econômico Maurício Capela Há 238 pequenas hidrelétricas em gestação no país. Se todas saírem do papel, em prazo muito curto - a construção de uma PCH leva no máximo dois anos - o país poderá contar com potência instalada para a geração adicional de energia elétrica equivalente a uma usina do rio Madeira, algo como 3,7 mil megawatts (MW). Desse total 1,4 mil MW estão em construção e 2,3 mil MW em outorga na Aneel. Continua Leia também: Geradoras e fundos apostam em PCH

Audiência Pública sobre aperfeiçoamentos das normas para outorgas de novas PCHs tem novo prazo para contribuições

Os interessados em contribuir com a proposta de resolução que trata de novas regras para registro, elaboração, aceite e outorga de autorização para implantação de pequenas centrais hidrelétricas (PCHs) terão novo prazo para envio de sugestões por escrito: 31 de agosto, de acordo com o aviso de alteração publicado hoje no Diário Oficial da União. O período inicial se encerraria às 18 horas de hoje (18/07). A proposta da Aneel, que está em audiência pública desde o último dia 12 de junho, traz aperfeiçoamentos à Resolução n° 395/1998 com o objetivo de otimizar e simplificar o processo de outorgas de PCHs. As principais alterações que estão em discussão consistem em quatro premissas: foco das avaliações na caracterização do potencial hidráulico; redução no tempo de tramitação de um processo; novos critérios para desempate, no caso de dois ou mais empreendedores interessados no mesmo aproveitamento; e aplicação de penalidades que evitem o não cumprimento dos requisitos dispostos na prop...

Dropes do dia 17 07 08

Tendo em vista que o arranjo do projeto da usina de Santo Antônio, no rio Madeira, sofreu alterações depois de concedida a Licença Prévia, e que o consórcio vencedor da usina de Jirau está propondo uma nova localização para o empreendimento, vale perguntar: As obras civis das usinas de Santo Antônio e Jirau foram superestimadas? O empreendimento que seria construído, no caso de Santo Antônio, custaria menos com o arranjo alterado depois da Licença Prévia? A alteração do arranjo do projeto de Santo Antônio poderia, se concebido antes da Licença Prévia, fazer com que o custo do MWh leiloado fosse menor para o contribuinte? A sociedade deve questionar a tentativa de mudança da localização da usina de Jirau, pela Suez (líder do consórcio vencedor do segundo leilão) e, também, questionar um possível superdimensionamento das obras da usina de Santo Antônio? A Odebrecht, vencedora com Furnas do leilão de Santo Antônio, estaria mais interessada num arranjo de projeto que custasse mais, já que...

Usinas do Madeira: Santo Antônio e as mudanças no arranjo do projeto (I)

Texto do Estudo Prévio de Impacto Ambiental (EIA), antes da Licença Prévia "Na margem esquerda: 44 unidades da Tomada d’Água / Casa de Força, com largura de bloco igual a 22,60m, divididas em dois conjuntos de 24 e 20 unidades, separados pela Área de Montagem Auxiliar;" Texto do Projeto Básico Ambiental (PBA), depois da Licença Prévia "Na margem esquerda: 24 unidades da Tomada d’Água/Casa de Força, divididas em dois conjuntos de 12 e 12 unidades, separados pelas Áreas de Montagem Auxiliares AM-3 e AM-4; Muros Divisores em concreto compactado a rolo (CCR), transversais ao eixo do barramento, com extensão a montante e a jusante para encosto de ensecadeiras auxiliares, a montante e a jusante;"

Marina Silva responde a críticas bolivianas a barragens brasileiras no Rio Madeira

16/07/2008 - 15h45 A senadora Marina Silva (PT-AC), ex-ministra do Meio Ambiente, afirmou nesta quarta-feira (16), em reunião do Conselho Diretor do Parlamento Amazônico, que o Brasil demorou cinco anos para aprovar o licenciamento ambiental das hidrelétricas de Jirau e Santo Antônio justamente para resolver problemas ambientais nos territórios brasileiro e boliviano. Em dois desses cinco anos, o processo ficou em suas mãos, disse Marina Silva. As declarações da senadora foram feitas em resposta a críticas da representação boliviana à construção de barragens no Rio Madeira. Para evitar o assoreamento da barragem e não prejudicar a circulação dos peixes pelo rio, por exemplo, foi trocado o tipo de turbina comum pela turbina de fio d'água e retirada do projeto a previsão de eclusas, disse a ex-ministra. - Com as turbinas de fio d'água, o lago que se formará com a represa será diminuído em oito vezes em relação ao projeto original e isso resolverá o problema da área inundada, que ...

Santo Antônio: também foram feitas alterações no arranjo do projeto, depois da Licença Prévia

São documentais as provas que mostram as alterações que foram feitas no arranjo do projeto da usina de Santo Antônio, no rio Madeira. O consórcio Mesa, depois de obtida a Licença Prévia, alterou a disposição das tomadas de água na margem esquerda da cachoeira de Santo Antônio. Essa mudança no projeto está clara quando se compara os dados técnicos que estão no EIA, inclusive com desenhos, e os que estão no PBA. Ainda hoje devo expor os textos dos documentos que comprovam as mudanças.

UHE Itaocara: o pesadelo está de volta

Jorge Borges Após anos no ostracismo, o projeto da UHE Itaocara está de volta. Nos últimos dias 12 e 13/07/2008, uma equipe de cinegrafistas, cientistas e comunicadores sociais visitou os municípios ameaçados pela barragem. Há mais de 20 anos, sucessivos grupos empresariais persistem em suas tentativas de implementar o projeto que já provou ser totalmente inviável tanto do ponto de vista econômico-energético, como do sócio-ambiental. Uma teimosia movida a muitos milhões de reais, mas que tem levado a uma longa e cruel limitação do acesso de mais de 3.000 famílias a serviços públicos de melhor qualidade e ao crédito para os pequenos agricultores e comerciantes. Além dos prejuízos materiais, as dezenas de comunidades dos municípios atingidos, além do distrito urbano de São Sebastião do Paraíba, em Cantagalo (RJ), vivem, uma vez mais, o clima de terror engendrado pela Light, uma vez que a falta de informações e o clima de ameaça constante continua. Agora, após uma grande reestruturação so...

Decisão sobre Jirau

O recurso movido pelo consórcio Jirau Energia, que questionou o resultado do leilão da segunda usina hidrelétrica do rio Madeira está na pauta da reunião de julgamentos de hoje da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) (págs. 1 e B8) Valor Econômico Fonte: Brasil Wiki. Leia a notícia na íntegra