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Microgeração, "savoir faire" e apagões

Condomínio com microgeração solar fotovoltaica Especialistas afirmam que microgeração será maior revolução do setor "O setor elétrico está prestes a passar pela sua maior revolução, de acordo com o presidente do conselho do Forum Latino Americano de Smart Grid, Cyro Boccuzzi. Com a resolução 482, publicada em abril deste ano, que define prazos para que as distribuidoras formulem regras para conexão de microgeradores à rede, o executivo prevê uma grande mudança no perfil do setor nos próximos cinco anos. Em palestra no XX Seminário de Distribuição de Energia Elétrica, na última quinta-feira, 25 de outubro, no Rio de Janeiro, Bocuzzi afirmou que "a microgeração é uma tecnologia que, no nosso entender e olhando tudo o que tem acontecido no mercado, é considerada um caminho sem volta para as empresas de energia. Como costumo dizer, a 482 marca o início do fim do mercado cativo de energia". Com a microgeração, o caminho da energia não será mais unilateral, mas terá ...

Integração energética e autoritarismo

Lula e Alan García - Imagem Blog da Amazônia Ministros discutem integração energética Brasil-Peru "O Ministro Interino de Minas e Energia, Márcio Zimmermann, e o Ministro de Energia e Minas do Peru, Jorge Tafur, discutiram nesta terça (23) projetos de integração energética entre os dois países, que incluem a viabilização do aproveitamento hidroelétrico de Inambari, com 2.200 MW. A construção da UHE está prevista no acordo sobre integração energética entre os dois países, firmado em 06/2010 e já possui os estudos de engenharia concluídos. Os dois ministros também falaram sobre a exploração e uso do gás natural peruano. Em relação à exploração e ao aproveitamento do gás do campo de Camisea, onde a Petrobras tem participação em cinco blocos, a delegação peruana foi informada que brevemente a estatal brasileira irá apresentar uma declaração de volume descoberto de gás natural. O peruano também manifestou interesse para cooperação técnica em estudos geológicos e minerais em á...

Mais hidrelétricas e termelétricas até 2021 – O futuro que "eles" querem

Obras da usina Santo Antônio, rio Madeira, RO ESCRITO POR TELMA MONTEIRO [1]  para o Correio da Cidadania SÁBADO, 20 DE OUTUBRO DE 2012 O Plano Decenal de Expansão de Energia (PDEE) 2021 [2] já está disponível para consulta pública e, no que concerne à energia elétrica, ele prevê aumento da demanda com o crescimento alavancado pelo petróleo do Pré-Sal e pelos eventos esportivos de 2014 e 2016. O PDEE 2021 aposta num crescimento do PIB de 4,7% ao ano nos próximos 10 anos, contrariando todos os prognósticos dos economistas. Mas, como esse plano é elaborado apenas por empresas, instituições, associações e autoridades do governo do setor elétrico, não é de espantar que as projeções que dele constam sejam pródigas em pontificar a necessidade de projetos hidrelétricos. 

Índios Kayabi e Munduruku anunciam que vão resistir contra usinas no Teles Pires

Os índios convidaram procuradores da República do Pará e do Mato Grosso para falar da revolta pela forma como o governo tenta barrar o rio sem consultá-los   Procuradores da República do Mato Grosso e do Pará estiveram semana passada na Terra Indígena Kayabi, na divisa entre os dois estados, a convite dos índios Kayabi e Munduruku, para debater os projetos de usinas hidrelétricas que afetam suas terras. Em outubro, essas mesmas etnias fizeram reféns sete funcionários da Funai e da Empresa de Pesquisa Energética (EPE) que faziam estudos sobre as hidrelétricas.

Mais usinas hidrelétricas na Amazônia

Obras da UHE Santo Antônio, rio Madeira Telma Monteiro Em várias oportunidades as autoridades do setor elétrico têm afirmado que as usinas a "fio d'água" [1]  que estão sujeitas aos regimes de cheias e secas cada vez mais acentuados das bacias hidrográficas, devido às mudanças do clima, podem ser um equívoco [2] .  Essa mudança de enfoque por parte do governo pode significar uma espécie de antecipação de futuros projetos com reservatórios maiores. Na Amazônia, onde os rios são de planície, a catástrofe seria incalculável. A moda das grandes hidrelétricas a "fio d'água", no Brasil, começou no projeto da usina hidrelétrica Luiz Carlos Barreto de Carvalho, no rio Grande. Para enfiar goela abaixo da sociedade a insanidade do barramento do rio Madeira, o governo criou a teoria de que as usinas a "fio d'água" solucionariam os impactos ambientais, pois os reservatórios seriam menores. É tão evidente que a tese não se sustentou que, agor...

Indígenas e pescadores protestam contra Belo Monte

Por volta das 19h desta segunda-feira (8), cerca de 120 manifestantes indígenas das etnias Xipaia, Kuruaia, Parakanã, Arara do rio Iriri, Juruna, kayapó e Assurini uniram-se aos pescadores, que estão há 24 dias protestando contra o barramento definitivo do rio Xingu (PA), e ocuparam novamente a ensecadeira do canteiro de obras de Pimental para paralisar a construção de Belo Monte. Vídeos enviados por Andrea Rossi

Xingu Rising - em Português

Os três Murús: um caso de (falta de) saúde indígena no Acre

Povo Kaxinawá/Foto: Blog do Accioly Escrito por Roberta Graf [1] Caros(as) colegas, aqui vai um breve relato de uma história muito triste, e que exige providências das lideranças de saúde pública, e de saúde indígena no Acre. Em maio deste ano, Manoel Mateus de Lima (Murú, na língua indígena), 25 anos de idade, da etnia Kaxinawá (Huni Kuin), após ter passado uma semana na Terra Indígena Igarapé do Caucho, próximo à cidade de Tarauacá, AC, na margem direita do Rio Murú, adoeceu gravemente, com sintomas parecidos com derrame (mas não era), foi internado na UTI do Pronto Socorro em Rio Branco já em coma, e por lá ficou cerca de uma semana, teve ligeira melhora, depois foi transferido para a Fundação Hospitalar, saiu do coma mas, após algumas convulsões em dias alternados, e ainda sem os movimentos de corpo nem a fala, morreu, em 28 de maio de 2012, com parada respiratória. Localização da TI Igarapé do Caucho/Imagem Sigmine/Edição Telma Monteiro A doença? Provavelme...

Mineradoras valem ouro nos projetos hidrelétricos do Tapajós e Teles Pires

                       ESCRITO POR TELMA MONTEIRO para o Correio da Cidadania     SEXTA, 28 DE SETEMBRO DE 2012 Mineração na região das usinas do Tapajós e Jamanxim Os projetos de implantação de hidrelétricas nas bacias do rio Tapajós, Teles Pires e Juruena por si só estão induzindo a ocupação de áreas protegidas da Amazônia. Com eles chegaram também as empresas mineradoras transnacionais e o novo ciclo de exploração do ouro. Mais impactos atingirão os territórios indígenas e as unidades de conservação.

MPF pede suspensão do licenciamento da usina São Luiz do Tapajós

São Luiz do Tapajós/ Imagem: cislinsky.blogspot.com  Ibama, Aneel, Eletronorte e Eletrobrás iniciaram os procedimentos sem consulta aos povos indígenas e ribeirinhos e sem Avaliação Ambiental Integrada e Estratégica da bacia O Ministério Público Federal pediu hoje à Justiça Federal de Santarém que suspenda o licenciamento da usina hidrelétrica de São Luiz do Tapajós, que o governo federal pretende instalar no rio Tapajós, no oeste do Pará. O licenciamento é irregular porque foi iniciado sem a consulta prévia aos povos indígenas e ribeirinhos afetados e sem as Avaliações Ambientais Integrada e Estratégica, obrigatórias no caso porque estão previstas outras seis grandes hidrelétricas na bacia do Tapajós.

O modelo extrativista primário-exportador e a sangria da Amazônia

Volta Grande do Xingu, direitos minerários da Belo Sun Mining e outros que incidem sobre as TIs Paquiçamba e Arara da Volta Grande Imagem: Sigmine/Edição: Telma Monteiro A análise da  Conjuntura da Semana  é uma (re)leitura das  Notícias do Dia  publicadas diariamente no  sítio do IHU . A análise é elaborada, em fina sintonia com o Instituto Humanitas Unisinos –  IHU , pelos colegas do Centro de Pesquisa e Apoio aos Trabalhadores –  CEPAT , parceiro estratégico do IHU, com sede em Curitiba-PR, e por  Cesar Sanson , professor na Universidade Federal do Rio Grande do Norte -  UFRN , parceiro do IHU na elaboração das  Notícias do Dia .

MP promove curso em Brasília sobre licenciamento de hidrelétricas

por Telma Monteiro Telma Monteiro Com o objetivo de estreitar a parceria entre o ministério público e a sociedade civil, a Escola Superior do Ministério Público da União (ESMPU) e o GT Licenciamento de Grandes Empreendimentos da 4ª Câmara de Meio Ambiente e Patrimônio Cultural do Ministério Público Federal promoveram, em Brasília nos dias 17, 18 e 19 de setembro, o curso "Licenciamento de hidrelétricas".  O curso foi direcionado para procuradores da República e promotores estaduais de todo o Brasil.

Belo Sun Mining anuncia que vair retirar 50 toneladas de ouro da Volta Grande do Xingu

Foto: facebook Telma Monteiro A Audiência Pública para apresentação do projeto Volta Grande de mineração de ouro da Belo Sun Mining Corp., no município de Senador José Porfírio, foi realizada ontem (13) sob um clima de muita tensão. Estiveram presentes os representantes do Ministério Público Federal, Thais Santi Cardoso da Silva, do Ministério Público Estadual, Luciano Augusto e da Defensoria Pública, Fábio Rangel. A audiência começou às 10 h e a mesa foi presidida pelo próprio Secretário de Meio Ambiente do Estado do Pará, José Alberto da Silva Colares, e conduzida pela Belo Sun Mining Corp., no auditório da Prefeitura de Senador José Porfírio. A participação do Defensor Público, Fábio Rangel, convidado pela comunidade Ressaca, foi cerceada pelo representante da Belo Sun, o que gerou constrangimento e indignação.  O Promotor do Estado do Pará, Luciano Augusto, pediu que uma nova audiência pública fosse realizada na cidade de Altamira que também sofrerá os impacto...

Índios Munduruku clamam por seus direitos ao território e à saúde

Foto: MPF  No Pará, índios Munduruku clamam pela defesa de seus direitos ao território e à saúde Comunidades convidaram MPF a ouvir preocupações das famílias das Terras Indígenas Sai Cinza e Praia do Índio, no sudoeste do Estado  Os 1,5 mil indígenas Munduruku das Terras Indígenas (TIs) Sai Cinza e Praia do Índio, no sudoeste do Pará, estão indignados com a violação de seus direitos representada por medidas dos poderes Executivo e Legislativo federais que alteram a forma de demarcação e uso de seus territórios. Eles também protestam contra a invasão de suas áreas por supostos técnicos a serviço do planejamento de hidrelétricas na região, contra o fato de não terem sido consultados sobre a instalação dessas hidrelétricas e contra a precariedade no atendimento à saúde nas Tis.