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Recomendações do TCU ao Ministério de Minas e Energia


Que elabore estudos mais consistentes, para estimular novos investimentos em repotenciação e modernização de hidrelétricas, com argumentos que demonstrem as vantagens ambientais em relação à implantação de novos empreendimentos.
Que estude o aumento de vazões em bacias hidrográficas já em operação e de grande potencial de geração de energia, como é o caso da bacia do rio Paraná, e avalie a conveniência de pesquisas visando à aplicação dos resultados das mudanças climáticas em possíveis ações de repotenciação e modernização de usinas hidrelétricas.
Que se articule com o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Renováveis (Ibama), para desenvolver  metodologia que quantifique e compare  os custos e os benefícios econômicos e ambientais de ações de repotenciação e modernização de hidrelétricas existentes e do porte ótimo dos reservatórios em hidrelétricas a serem construídas.

Comentários

  1. Cara telma:
    As recomendações vêm numa hora oportuna em que ocorre a substituição da nossa maior sumidade em matéria de energia, Lobão (o outro é claro) por outro que é do ramo.
    As possibilidades são reais tendo em vista um aumento comprovado na vazão dos rios do Sudeste e do esgotamento da estratégia dos reservatórios de acumulação utilizada até aquí. Não existem mais locais onde a água possa ser represada e o sistema elétrico está no limiar da passagem de um sistema puramente hidroelétrico para hidrotérmico. Em breve álcool e gás se tornarão subprodutos da exploração da cana de açucar e petróleo, o que justifica o emprego destes combustíveis em termoelétricas de complementação tanto no Sudeste como na Amazônia. Utilizar potenciais da Amazônia para suprir deficiências do resto do Sistema — como pretendem os técnicos (EPE, ONS, Eletrobás...) por corredores exclusivos é um risco maior do que o ocorrido no recente apagão. Esta é a próxima frente de luta que os ambientalistas certamente terão de enfrentar:"os linhões" no interior da Amazônia.

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