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Indústria de hidrelétricas

Dá para acreditar que o Brasil está estabelecendo cooperação com o Irã para construção de hidrelétricas e termelétricas em outros países e ainda produzir em conjunto turbinas e equipamentos para essas construções?

Quem estará por trás disso tudo? Talvez as grandes empreiteiras em busca de novos mercados que não tenham tantos “entraves” ambientais. Está ficando difícil aqui na América do Sul, pois os movimentos sociais e organizações da sociedade civil estão se articulando cada vez mais.

Os países africanos ainda estão vulneráveis ao assédio das empreiteiras brasileiras que acenam com desenvolvimento à custa do sacrifício dos recursos naturais.(TM)

Comentários

  1. NÓS LEIGOS AMBIENTAIS...

    Infelizmente o contundente discurso do Lula lá na COP não corresponde a prática aqui no Brasil, já que antes de viajar deixou o BNDES emprestar um bilhão de reais ao estrategista Eike Batista, dono absoluto da MPX para construir uma térmica a carvão no Maranhão (e construirá outras no Ceará e Pará) e assinou com a Dilma e o Tolmasquim procedimentos para apoiar mais térmicas em SC e no RS. Uma atitude totalmente inversa a vanguarda assumida em Copenhagen, portanto na contramão da história. Não dá pra entender!
    O nosso Presidente empolgaria muito mais se tivesse proposto um acordo vinculante mais ousado que o de Kyoto, que foi bom, mas não é mais, pois tornou-se mercantilista e paliativo. Paliativo porque não reduz as emissões de gases efeito estufa, nem os da silenciosa e maléfica chuva ácida, nem a imensa quantidade de calor evaporado, além de toda a brutal agressão aos recursos naturais na exploração do minério.
    Nós leigos entendemos que uma conferência deveria antes de tudo ser abrangente e democrática, oportunizando todas as tendências e correntes da ciência, juntamente com os atingidos/testemunhos, num debate amplo sobre o aquecimento global. Entendemos também que deveria haver uma identificação das várias formas de emissões, classificá-las e encontrar os procedimentos mais adequados de como reduzi-las sem causar falência a nenhum setor, porém é preciso sacrifício por parte do poluidor. Enquanto não houver recuo do lucro de nada adiantará discutir entre as partes, partes todas comprometidas com o poder econômico. Está na hora da ONU reformular a COP, torná-la mais participativa e socioambiental.
    O que vimos nesta COP 15 foi uma imposição do poder econômico que polui o planeta, agindo por trás dos governantes, com o discurso de que os mesmos não podem reduzir as emissões porque geram divisas e empregos. Enquanto que ao mesmo tempo os governantes priorizavam a quantidade de dólares que iriam botar em cima da mesa, mesa que apontava dados sobre o desequilíbrio do clima na Terra. Estão distorcendo tudo. Dos 700 brasileiros que foram à Dinamarca, por exemplo, apenas 10% entendiam do que tratava a conferência, o resto foi fazer turismo e campanha eleitoral.
    Quando se fala em mudanças climáticas no Brasil logo se pensa no criminoso desmatamento na Amazônia, enquanto que o mundo inteiro pensa na redução da queima de combustíveis fósseis e na combustão provocada pela imensa frota de veículos, por exemplo. Priorizar o combate apenas as queimadas não é eficientemente correto. Já manifestamos nossa indignação que o meio ambiente no Brasil não é só a Amazônia, outros biomas como a Mata Atlântica, Pantanal, Pampa, Cerrado e a Caatinga também precisam de atenção da União.
    Criaram o FBMC apenas para a comunidade científica pensar as mudanças climáticas, pois não ouvem as populações afetadas. O PNMC só se aproveita a metade, o resto é bobagem. Enquanto que no sul do país estão acontecendo as tragédias do clima com uma freqüência e intensidade assustadora, como por exemplo o município de Araranguá – epicentro do furacão Catarina e reconhecido pelas suas catastróficas enchentes desde 1974, passou a registrar tormentas, vendavais, chuvas de granizo gigante, estiagens, ciclones extratropicais e tornados, ou seja, as comunidades desprotegidas ou que vivem em área de risco já estão vivendo uma nova concepção de vida, entrando em estado de pânico sempre que surge um vento repentino, uma nuvem mais escura ou trovoadas seguidas. O cenário da região sul de SC e RS já pode ser considerado estado de emergência climática.
    Estudos mais profundos além da ciência da meteorologia como a geofísica, oceanografia, sociologia e ou qualquer outra que esclareça a população que quer respostas para melhor se prevenir e se adaptar.

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